Os principais fatores de risco para esse tipo de tumor de orofaringe são:
A utilização do tabaco e do álcool tem efeito sinérgico e multiplica o risco de câncer de faringe. A quantidade e o tempo de utilização são muito importantes e o risco aumenta quanto maior a exposição.
Por outro lado, o B-caroteno pode ser um elemento de proteção ao câncer de faringe (e de outros cânceres).
Como a maioria dos tumores, o principal problema dos tumores de orofaringe é o retardo no diagnóstico. A maioria dos pacientes são diagnosticados com doença avançada, seja por demora na procura de um médico especialista, seja pelo diagnóstico incorreto de profissionais que não estão habituados e identificar esse tipo de problema.
A Faringe abrange três regiões: orofaringe, nasofaringe e hipofaringe.
O câncer de nasofaringe é aquele que surge na região atrás da cavidade nasal e teremos explicação específica para esse assunto.
A hipofaringe, por sua vez, é a região da faringe que se localiza inferiormente à orofaringe e fica atrás da laringe (caixa da voz), que é um órgão que contém as pregas vocais.
O câncer de orofaringe é o que se desenvolve na parte da garganta localizada atrás da boca. A região é composta pelas seguintes topografias: base da língua (a parte de trás da língua), o palato mole, as amígdalas, os pilares da amígdala, as paredes laterais e posteriores da orofaringe. Abaixo discorreremos sobre informações referentes aos tumores de orofaringe.
Em fases iniciais, os sintomas podem ser silenciosos.
Os principais e mais frequentes são:
Em geral, os sintomas persistem por mais de 2 semanas. Ou seja, todo paciente que apresentar algo semelhante com mais de duas semanas de evolução deverá procurar um especialista em Cabeça e Pescoço para avaliação.
O tratamento de um câncer depende, fundamentalmente, do estágio da doença. Doenças inicias e mais localizadas podem ser tratadas com cirurgia ou radioterapia. Mais recentemente, a cirurgia robótica tem sido empregada para esses tumores, quando em fases iniciais. Ela propicia uma excelente visualização do tumor e das suas margens, permitindo ressecções adequadas e com boas margens, sem causar tanto impacto e deformidades como na cirurgia aberta e convencional. Os linfonodos do pescoço, locais frequentes de metástases, deverão sempre receber tratamento.
Os tumores avançados poderão receber cirurgia com Radioterapia complementar ou Radioterapia com Quimioterapia.
É importante ressaltar que o fato do tumor ser formado a partir da infecção pelo HPV representa um fator de bom prognóstico. Os tumores induzidos por cigarro e álcool, em geral, apresentam pior evolução quando comparados àqueles induzidos pelo vírus. E isso independe do tratamento oferecido, ou seja, os tumores HPV-relacionados respondem melhor a qualquer tipo de tratamento.